quinta-feira, 3 de junho de 2010

NO MERCADO DAS APARENCIAS

Nos primórdios da cidade do Recife, chegou naquelas terras um desbravador português de nome Manuel de Areias. De imediato adquiriu um sítio às margens do rio Capibaribe, onde logo se instalou. Localizava-se no extremo meridional da Boa Vista, onde existiu o cemitério dos Judeus. Contavam os mais antigos que o panorama visto das janelas do segundo palácio de Mauricio de Nassau, na cidade, era fascinante, ao se vislumbrar as terras continentais de Pernambuco, proporcionando uma belíssima visão, então, uma Boa Vista. A paisagem que o administrador holandês contemplava depois de um aterro o lugar passou a se chamar caminho novo.

A propriedade do lusitano ficava vizinha de um sítio maior, com muitas árvores frutíferas. Logo se casou com uma fidalga rapariga, da rica família Muralha, também vindos de Portugal. Com esse casamento formou-se a família Muralha de Areias. Sobrenome tradicional que deixou seu nome cravado na posteridade, tendo como principal instrumento a cana-de-açúcar, e a fama de manter a honra acima de tudo, mesmo que tivesse de lavá-la com sangue. Homens duros e impiedosos eram aqueles. De dote o noivo recebeu terras onde edificou o Engenho da Jibóia. Ficava perto do também Engenho que recebeu o nome de sua dona Madalena Gonsalves. Ia-se pela antiga estrada Real uma passagem no rio Capibaribe, este caminho por muito tempo ficou conhecido como passagem da Madalena. Dizia a lenda que o nome do lugar, se deu em decorrência do fato, de que quando Manoel chegou para tomar posse, encontrou por lá uma cobra que tranqüilamente engoliria um homem. O dono teria matado a víbora, armado apenas de um facão.

A casa grande que construíra para morar foi feita e tinha tudo do bom e do melhor. Os portões fechados formavam o brasão da família, foram adquiridos na Inglaterra. Na entrada da área onde estava situado o solar imperial, tinha dois grifos de bronze, com cabeças de águia e corpos de leão. No jardim lampiões e três estátuas, sendo duas romanas e a outra egípcia, jarrões eram muitos. A fachada era de mármore de Lisboa. O pórtico de três arcadas, o frontão, o terraço superior e as janelas eram motivo de encantamento para a vista. A escadaria que dava acesso à entrada principal era de chamar atenção, aos lados dela duas estatuas de soldados. Na ampla sala de visitas, o chão de tábuas corrida de madeira de lei. Tudo que se encontrava sobre aquele piso fora calculado para demonstrar a maior das ostentações, tudo do mais caro e do melhor que a época podia oferecer. A capela do engenho não tinha o seu interior revestido de azulejos ou com pinturas de santos mártires, como era o costume. Mais sim com talhas cobertas de ouro. O emprego da decoração esculpida em seus altares, altar-mor, púlpito, portas emolduradas, bem como no forro e nas duas cornijas principais do interior era produto de estilo barroco. Os Muralha de Areias enriqueciam cada vez mais de geração em geração.

A propriedade se encontrava sob o domínio do bisneto de Manoel, Inácio de Areias. De todos os senhores da família, era o que administrava com a mão de ferro mais pesada, que aquelas terras já sentiram. Além do açúcar contou com o comércio negreiro para solidificar sua fortuna. Teve um confortável casamento de conveniência como era o costume. Quando foi comunicado do seu matrimonio indagou a seu pai como seria a futura esposa. Ao saber que tinha sido educado em conventos e viajou pela Europa:

- Ela sabe ler, meu pai?

- Creio que sim, viajada como é.

- Caro pai, hei de honrar o compromisso que firmou, pois bem sei que essa união trará benefícios incontáveis para nossa família. Mas seria melhor uma burra, que não conhecesse o mundo das letras. Para uma boa esposa nada mais é necessário que o domínio do lar em todos os seus afazeres.

- Isso não será problema Inácio, mantenha sempre as rédeas curtas, e não terás com o que se preocupar.

- Assim espero meu pai.

O casamento aconteceu como se pretendia. O jovem senhor de Engenho, formado, doutor como exigira o seu genitor, que se achando cansado se mudara para uma fazenda no interior, deixando seu único rebento no comando de tudo. O relacionamento do senhor de Engenho com sua mulher era sempre com muita cerimônia Sentia-se constrangido quando à noite ia cumprir suas obrigações de marido, e sentia sua esposa abraçar-lhe com um pouco mais de força:

“O que está a acontecer? Ao final das contas, ela é minha esposa, e não as prostitutas que são minhas em troca de algumas moedas. Mais parece as negrinhas que eu possuía, quando muito jovem, e andava na companhia do negro Jacinto que me servia de companheiro nas minhas peripécias juvenis. Deixa pra lá, deve ser devaneios meus. Pois era moça quando nos casamos, eu mesmo atesto isso, e não deve ter ciência dessas cousas.”

Lorena era uma bela e esforçada esposa, fazia tudo para agradar ao marido que sempre lhe passa a sensação de que nunca estava satisfeito com nada que ela fazia. Tinha uma beleza que chamava atenção, tributo esse que parecia incomodar o seu marido. Não descuidava de suas obrigações de dona-de-casa. Mas não dispensava seu passeio pelo engenho todas as tardes, sempre acompanhada de sua mucama, uma negrinha saltitante que atendia pela graça de Zefinha. Era nessas andanças que ficava a sonhar com o filho que teimava em não chegar, mesmo tomando todos os cuidados que lhe eram ensinados pelas escravas que povoavam sua casa.

O campo estava florido. As copas das muitas árvores eram de um verde sem igual. O cheiro de manjericão, trazido pelo vento de uma mata próxima, deixava aquela tarde mais perfumada que as outras. Resolveram ir ao pomar. No chão, frutos bicados por gulosos pássaros, que teimavam em cair. Mesmo com escravos a fazerem várias inspeções durante o dia, colocando-os em balaios que eram levados para a senzala, para serem devorados pelas negras paridas que lá descansavam. A senhora vê uma grande e suculenta pinha:

- Veja só, que delícia! Corre lá Zefa, e pega pra mim. Me deu uma vontade agora.

A mucama correra e de um pulo colhera a fruta, e a entregou a sua sinhá toda sorridente:

- Será que a Sinhazinha tá de bucho? Ai minha virge, será?

- Deixe dessas conversas, sua maluquinha, sabes que meu marido não gosta. E também não queiras me iludir. Depois não é, e fico a sofrer ainda mais.

- Vixe, é mesmo Sinhazinha, perdoa eu. Virge cruz. Perdoa.

- Nem sei. – Sorriu – Hoje acho que já me pedistes perdão mais de dez vezes. E eu boba que sou sempre estou a te perdoar.

- Virge mãe de Deus, e foi tudo isso foi?

- Vamos deixar de tolices e voltar para casa, temos que preparar a ceia, e a tarde já esta quase por acabar.

- Vamo Sinhazinha, vamo.

Quando Lorena, voltava de seu passeio vespertino pelo engenho, deparou-se com uma cena. Jacinto no tronco com as costas a sangrar, levava as últimas chibatadas, castigo que o seu próprio senhor recomendou pessoalmente ao feitor.

O escravo que estava no castigo era um negro alto, com braços e pernas fortes. Tinha dentes perfeitos e brancos. Era o escravo que fazia mais sucesso entre todas as negras das redondezas. Também povoava os pensamentos de muitas senhoras que o viam. Como seu senhor gostava de gabar-se, tratava de uma de suas peças raras já naqueles tempos, difícil de se adquirir, portanto, cara. Fora criado dentro da casa grande, devido sua mãe ter sido a mucama predileta da senhora. Pois quando mais precisou foi Inázinha quem a salvou.

A jovem esposa, com a saia longa segura pelas mãos, corre por todo o pátio, sobe as escadas da casa grande e chega a sala, em um só fôlego. Onde encontra o seu marido:

- O que tu queres mulher, passas mal?

- Senhor meu marido, sei que não gosta que eu me intrometa em seus assuntos...

- Se tu sabes, para quê estás a tentar?

- Pois sim, quando vinha chegando a casa, vi Jacinto sangrar ao tronco. Como pode fazer uma coisa dessas?

- Cala-te para tua saúde. A casa é minha, o engenho é meu, o negro idem. Se está lá é porque quero. Não admito mais nenhuma palavra sua sobre a questão.

- Mas o senhor meu marido, já me disse que foram amigos de infância...

- Cala-te mulher infame, já estou sem paciência com a tua audácia. Pois sim, eu ser amigo de infância desse macaco. Apenas ele e a mãe dele foram adquiridos por meu pai na época em que nasci. Sua mãe, essa imbecil que aqui mantenho por caridade, foi minha ama de leite. – Dizendo isso, passou as mãos com força em seus lábios. - Isso só aconteceu pela incompetência de minha mãe, de não ter leite para mim. Se ele vivia aqui pela casa grande, foi mais uma das sandices de minha mãe. Hoje, quando procurei o meu chicotinho de cabo de perna de bode, não achei, deve ter sido ele...

- O senhor meu marido, o viu pegar...

- Cala-te audaciosa, como ousa me interromper.

Lorena tenta levantar-se do chão apoiada no marquezão de jacarandá, refazendo-se da bofetada:

- O senhor meu marido, não passa de um monstro covarde.

- Me chamas de monstro e defendes um negro. Bom, muito bom. Inázinha, Inázinha, onde está essa maldita negra, nunca atende quando é chamada.

- Sinhozinho, tava na cozinha, fazendo um tacho de doce de goiaba.

- Eu lá quero saber o que tu fazes negra. Chamas aqui já o Florentino.

- Que falar com o capataz? O sinhozinho vai tirar o Jacinto do castigo, vai? Ele é um nego bom. Trabalhador, a casa precisa dele...

- Chama Florentino agora sua idiota. O que eu fiz hoje ao meu bom Deus? O céu está a cair em minha cabeça.

Já sentada com um olho roxo, a esposa observava o marido. Não se deixara abater, de uma maneira altiva esperava a resolução do marido. Entra o capataz, sempre muito sério e de poucas palavras, com o rosto pesado pelo oficio. Com seu chapéu amassado e bem seguro com as duas mãos:

- Diga Seu Inácio.

- Leve daqui, essa mulher insignificante, e tu a deixas três dias na senzala. Lá ela aprenderá a diferença entre eu, um senhor branco e um negro, um desses macacos qualquer.

- Vamo Inázinha, nega safada, o que tu andou aprontando?

- Ela não, seu burro, Lorena.

- Senhor?!

- Não quero ouvir nada de tua parte, se não fizeres o que te mando, vai tu para o tronco e contrato outro capataz.

- Não! Não! Senhora me acompanhe.

Os três dias se passaram. A mulher voltou a sua casa, e desde então passou a viver resignada. Ocupava-se sempre dos afazeres do lar. Sempre de cabeça baixa, só falava com o marido para respondê-lo, ou servi-lo em alguma necessidade sua quando era solicitada. Todas as noites na alcova muda e inerte cumpria suas obrigações de esposa servil. Apenas poucas lágrimas naquelas horas percorriam o caminho pelo seu rosto até chegarem ao seu destino, o macio travesseiro.



***



O velho Cipriano, só naquela sala imensa, esperava o filho que lhe convocara por carta. Com o pretexto de uma boa nova. Depois de terminar sua distração em observar a centenária cristaleira, e contar todos os cristais da Boemia, como era seu costume. Estava a observar o quadro do avô. Já em idade avançada, Manoel de Areias tinha o peito estufado dentro do seu gibão, calçava botas de couro até os joelhos e sob o pé direito a cabeça de uma cobra que havia esmagado. Foi aí que tudo começou. Pensava com orgulho. O silêncio da sala é quebrado com a chegada do filho com passos firmes sobre o chão de tábua:

- Salve meu pai!

- Como vais tu, filho meu?

- Tive pequenos prejuízos, mas nada que nos possa abalar.

- Onde está tua mulher, que ainda não me veio cumprimentar.

- Deve estar em seus afazeres, acredito que não tardará em vir lhe prestar respeito. Não há mais motivos para ter desgostos com ela. Já há algum tempo fui castigar o negro Jacinto, por uma dúvida que me ocorreu. Pois não é que a audaciosa da Lorena foi se meter. Proporcionei-lhe um corretivo que ela nunca mais esquecerá. Acho que agora lhe dei conserto.

- Acho bom, estou velho Leopoldo, já sinto que não hei de durar muito. Não agüento mais vir da fazenda para cá no lombo de um cavalo. E tu bens sabes que avental é roupa feminina por excelência, é o uniforme da mulher.

- Eu bem sei dessa verdade, meu pai. Ela tem que ter ciência da sorte grande que a vida lhe presenteou. Afinal está casada com um Muralha de Areias. O que mais poderia querer ela para seu destino.

- Tu estás certo, não deve ser modesto. A modéstia é cousa dos medíocres.

- O senhor me parece mesmo um pouco abatido. Por que o senhor não veio de carro?

- Até vinha. Tua mãe inventou de vim também pra te rever. Mas logo cortei esse engenho dela. Pois não queria uma mulher a matracar no meu pé do ouvido por todo o caminho. Não falam cousa com cousa. Mesmo assim estava aperreado, um negro nojento me fez perder uma vaca.

- Nem me fale, perdi dois escravos, fortes e caros.

- Como foi isso?

- Para me fazerem um mandado de imediato, foram cortar caminho e tentaram atravessar o rio de maré cheia. Lá se foram os dois. Aquela planície não podia se chamar de outro nome, a não ser mesmo de o lugar dos Afogados. Ali morrem muitos escravos e até homens e também mulheres.

- Onde tu estavas?

- Acabei de descer de Olinda. Estava negociando no Mercado da Ribeira. Chegaram uns negros que não valiam a pena adquiri-los, mais vendi alguns que queria. Tive lucro certo. Minhas peças que lá estavam, se destacaram.

- Bom muito bom.

- Tinha no mercado uns abolicionistas a reclamarem que os calabouços estavam demais sujos. Veja só, se negros são como cavalos, que necessitam de estábulos asseados.

- Onde vamos parar? E fique sabendo meu filho, que tem rapaz de boa família metido nisso.

- São devaneios da juventude. Que logo passarão quando sentirem o peso das moedas no bolso. O negócio negreiro é lucro certo. Jamais acabará. Não haverá em toda essa terra dita Brasil, um homem insano para acabar com a escravidão. Quanto a esses idealistas aqui, de meia pataca, deveriam ser pendurados na forca que tem lá no mercado da Ribeira.

- Sim, e qual é a boa nova que me trouxe até aqui?

- Vamos ao gabinete, lá conversaremos melhor. Inázinha, Inázinha. Onde está essa negra safada que não responde.

- Aqui, meu sinhozinho.

- Leve café e bolo Souza Leão, para mim e meu pai, no gabinete. E diga à Senhora Lorena que se apresente ao meu pai. Estamos a esperar o seu respeito.

- Já vou sinhozinho, já vou agorinha memo.

- Insuportável essa negra. Qualquer dia desses ela vai para o tronco.

- Não faça isso não, filho. Ela não agüenta. Será prejuízo certo.

No gabinete todos os livros necessários ao intelecto humano. Que logo foram proibidos à esposa, na sua chegada à propriedade. Era um cômodo arejado e confortável, contava duas janelas para o nascente. O filho fez menção para que o pai sentasse na grande cadeira por trás da enorme mesa de cerejeira. O convidado recusou e fez questão de que Leopoldo sentasse em uma das duas cadeiras de vime que ficava à frente da tal mesa sentou-se.

- Lorena está prenha.

- O que me dizes? Que notícia mais estupenda.

- Sabia que reagiria dessa maneira. E seria logo eu que não levaria o nome dos Muralha de Areias a frente.

- Nunca tive duvidas. Você saiu a mim filho.

- E toda aquela historia dessa negra desgraçada, de que eu não faria mais menino depois daquele acidente de cavalo na minha infância. Tudo balela...

- Não fales mais nisso, é tempo de alegria e celebração.

- Falo sim, meu pai. Pois tudo foi culpa daquele negro estúpido. O tal de Jacinto sempre me perseguia e insistia muito em estar presente em meus brinquedos de menino. Ele pulou primeiro a cerca, quando deveria me dá a vez, pois eu era o seu senhor. O meu cavalo se assustou com o dele e eu caí.

- Tu bem sabes que nunca foste um bom cavalheiro. Mas tudo foi resolvido o pai dele morreu no tronco para pagar pela insolência do filho. Se tens tanta raiva dele, por que não o vendes, colocarás um bom dinheiro no bolso.

- Não, o quero por perto para amargar-se com o nascimento de meu filho.

- Esses macacos meu filho, não raciocinam. Não perca seu tempo nem tampouco os seus pensamentos com causa de mais inútil.



***



Chovia já há três dias. O temporal se firmara. As galinhas não saíam dos poleiros por toda a manhã, tão grande era a escuridão que a chuva trazia. A tarde chegou, mas o céu não deu trégua. O capataz envolto em uma capa velha, quer conselhos:

- O que queres aqui estafermo? Estás a molhar toda a minha sala, mais parece um pinto molhado.

- É a água, senhor. O açude está sangrando, e o rio sobe a toda hora. É cheia da grande.

- O que queres que eu faça. Meu filho está a nascer e tu me vens com histórias de água. Para que te pago? Terei eu de ir molhar-me na chuva para satisfazê-lo? Não tenho cabeça para nada hoje.

Zefa passa aflita pela sala, com uma mão na cabeça, e com a outra carregando mais uma chaleira de água fervente. Ao soar de mais um trovão, assustada tropeça deixando cair toda água que carregava aos pés de seu senhor.

- Ai, Virge santa. Perdoa eu sinhozinho.

- Some de minhas vistas, estrupício mor. E quanto a ti, sobes o gado para um lugar alto...

- Já fiz isso senhor.

- Não me interrompas quando te falar. Vai pro teu oficio e me deixas em paz.

Com passos firmes Inácio atravessa todo o largo corredor que parece não ter fim. Com um chute abre a porta do quarto.

- Sinhozinho, sai daqui, aqui não é lugar de homi nessa hora.

- Cale-se negra estúpida, vou ver meu filho nascer.

- Água Zefa, água Zefa...

- Já vai Inázinha. Ai minha virge.

- Força fia. Vai força... Vai...

- Ai virge santa tá chegando sinhazinha, tá chegando...

- O quê? Não... Um negro, não. Vadia. Não... Vadia.. Vadia...



***



Jacinta era a negra mais bela, que a cidade do Recife já conhecera até então. De feições refinadas, já contava em sua existência dezesseis primaveras. Quando passeava pelo engenho sua beleza fazia par com a das rosas do campo. Costurava, bordava e pintava. Sabia ler e fazer contas. Tinha ainda muito bom gosto em decoração. Uma casa decorada por ela, não ficava a dever a nenhuma outra casa, nem mesmo as da corte. Ela em seus passeios gostava de sentir a brisa da tarde, carregada com o cheiro de manjericão.

A moça era dona de uma educação requintada, dada por sua mãe. Viúva de grandes posses, senhora de engenho. Possuidora de grande riqueza, herdada do marido que morrera afogado no dia do nascimento de sua filha.





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